Vivendo a Via Sacra em casa com os nossos filhos
Muitas famílias precisarão passar a Semana Santa confinadas e por isso não poderão visitar à Igreja – muitas delas estando fechadas em grande parte do país. Diante tudo o que é proposto durante esta semana para unir os cristãos à paixão e ressurreição de Jesus, existe uma devoção que é vivida plenamente na Sexta-feira Santa, mesmo que não seja apenas reservada para este dia apenas: a Via Sacra, ou Caminho da Cruz. Mas, qual a melhor forma de viver essa devoção em casa, na companhia da sua família? Uma coisa é certa, será necessário utilizar de imaginação e criatividade!
Fabrique com as crianças as 14 estações do Caminho da Cruz
É importante ter em mente que a Via Sacra consiste em meditar sobre a paixão de Jesus, desde sua condenação até a sua morte e sepultamento, em quatorze estações. Algumas dessas estações são diretamente inspiradas na história do Evangelho, outras se baseiam na tradição católica. O essencial é considerar as Estações da Cruz não como uma espécie de “crônica” sobre a Paixão de Cristo, mas como um momento de contemplação que nos permite entrar gradualmente, passo a passo, no mistério da Paixão. Como Jesus morreu às três horas da tarde, é de preferência neste momento que rezamos e meditamos com a Via Sacra. Em casa, podemos rezar sentados ou mesmo caminhando, à medida que escutamos cada estação sendo meditada através de uma transmissão ao vivo.
Em casa, não é difícil organizar o Caminho da Cruz. Basta começar preparando as quatorze estações (que podemos encontrar facilmente na internet, com comentários, textos da Bíblia em suporte, etc), pontuando a meditação com algumas músicas, momentos de silêncio e orações em família.
As crianças podem fazer quatorze cruzes e quadros representando os quatorze momentos da Paixão de Jesus (podem ser desenhados, pintados ou em forma de colagem). Essas quatorze estações podem ser distribuídas por toda a casa. Será uma grande oportunidade para ocupá-los durante o confinamento e, ao mesmo tempo, ensina-los um pouco mais sobre as tradições da Igreja.
*Texto de Christine Ponsard para Aleteia.