O que está fechando a porta da nossa fé?
No segundo Domingo da Páscoa meditamos o evangelho de São João (20, 19-31). O autor, que também era discípulo, narra que eles se encontravam com as portas fechadas, por medo dos judeus.
Foi neste cenário que Jesus se mostrou ao grupo. Trouxe consigo a paz que alegrou o coração de todos. E ainda enviou os discípulos em missão, dizendo:
“Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (v. 22-23).
Essa aparição de Jesus é como uma injeção de ânimo naquele grupo que certamente ainda não havia compreendido todos os acontecimentos dis últimos dias.
Tomé, um dos apóstolos, não estava junto. Não acreditou naquilo que os companheiros relataram. E foi enfático:
“Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei!” (v. 25).
A atitude de Tomé nos mostra que acreditar não é uma coisa simples. Afinal de contas, ele viu o que fizeram com Jesus e como acreditar que ele estava vivo?
Muitas vezes nós agimos assim, pedimos uma prova, um sinal para que possamos crer.
Para Tomé a resposta de Jesus veio numa situação bem semelhante. Os discípulos estavam novamente reunidos, a portas fechadas. E, pondo-se no meio deles, disse para que Tomé comprovadas que Ele estava vivo.
Pode ser que nestes dias, fechados em casa por causa da pandemia, pensamos que Deus está distante, ausente. Mas não, Ele está no meio de nós. Ele quer nos dar a sua paz. Para isso quer que acreditemos. Não fiquemos fechados em nosso medo, em nossas incertezas, em nossas inseguranças.
Renovemos a nossa fé. Assim como Jesus falou a Tomé, Ele nos fala agora:
“Felizes os que crêem sem ter visto!” (v. 29).
*Texto de Mário Scandiuzzi, para Aleteia.