Formação das equipes de liturgia da Paróquia São Pedro
Buscando aprimorar a formação litúrgica para bem celebrar, aconteceu no dia 31 de maio de 2014, a continuação da formação das Equipes de Liturgia da Paróquia São Pedro Apóstolo, de Gaspar.
Com o tema: Os Espaços Celebrativos e o Rito da Palavra, tendo como assessor, Frei Paulijacson, os participantes tiveram um momento muito rico de aprendizagem e reflexão.
Após a invocação do Espírito Santo e a sabedoria do Altíssimo, iniciou-se o encontro relembrando o que foi estudado na formação anterior e o que foi possível aplicar nas celebrações realizadas nas comunidades.
Cada comunidade teve oportunidade de expor seu ponto de vista, revelando as dificuldades encontradas para colocar em prática as orientações recebidas.
Frei Paulijacson sugeriu que os encontros fossem repassados a todas as equipes litúrgicas da Igreja Matriz e das comunidades, com a intenção que as equipes pudessem se encontrar para preparar as celebrações.
Enfatizando tal sugestão, Frei Germano acrescentou que o maior pecado é o do improviso. Liturgia não se improvisa. Liturgia se prepara. Os cantos devem estar de acordo com o tempo litúrgico. Há que se prestar atenção às leituras, pois as mesmas trazem pistas para a escolha dos cantos.
Os membros das comunidades pediram ao Frei Paulijacson que se dispusesse a oferecer o curso nas comunidades para orientar a todas as pessoas que estão envolvidas na Liturgia. Ele então pediu que organizassem uma agenda e, na medida do possível, estaria à disposição para esse repasse.
Esclarecidas as dúvidas, foram distribuídas as apostilas com o tema a ser estudado. O conteúdo demonstra que o primeiro espaço a ser cuidado são as pessoas. O Espaço Celebrativo deve privilegiar as pessoas. Nossas celebrações revelam a imagem de nossas igrejas, pois nelas contêm os sentimentos das pessoas.
Nos primeiros séculos do cristianismo, quando se celebrava nas casas, os santos padres faziam questão de lembrar aos fiéis que os templos não eram os muros, mas as pessoas.
O batismo nos torna templos sagrados. Fomos ungidos e consagrados pelo Espírito para formar um só corpoem Cristo. Estepovo santo, reunido pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, é a Igreja ou Templo de Deus, construído de pedras vivas, onde o Pai é adorado em espírito e verdade.
Reunidos em comunidade, celebramos o mistério pascal de Cristo. “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles” (Mt 18,20).
Os espaços celebrativos e os rituais devem favorecer a toda a assembléia o encontro com o Cristo Ressuscitado.
Em toda igreja, o altar merece honra e distinção, pois simboliza o próprio Cristo. No altar, torna-se presente o sacrifício da cruz sob os sinais sacramentais. É também a mesa do Senhor na qual o povo é convidado a participar da missa. É o centro da ação de graças que se realiza pela Eucaristia.
Referindo-se ao rito das celebrações, os documentos orientam para a unidade que deve ser observada nas celebrações. Não existe uma parte mais importante que a outra. Cristo está presente na Assembléia reunida, na Palavra e na Eucaristia.
A dignidade da palavra de Deus requer um lugar apropriado para a proclamação das Escrituras. Como o altar é a mesa da Eucaristia, o ambão é a mesa da Palavra.
O ambão, segundo a tradição cristã, faz referência ao sepulcro vazio, ao lugar da Ressurreição e do anúncio do Cristo vivo. É de suma importância que o ambão tenha uma identidade própria como “lugar” do anúncio da Palavra dentro do espaço celebrativo.
Nas escrituras é o próprio Cristo que nos fala, e por isso, as leituras precisam ser proclamadas de forma que a comunidade perceba que é Deus se comunicando.
Proclamar a palavra é um gesto sacramental. Se a fé vem pelo ouvido, como declara o Apóstolo Paulo, o leitor deve ser uma pessoa preparada para exercer esse ministério.
É preciso proclamar as leituras como Palavra de salvação. Como Palavra que proclama o amor e a bondade de Deus. Palavra que liberta, que dá vida e ressuscita.
À semelhança das orações, os cantos litúrgicos favorecem a comunicação com o mistério sagrado. Além, da observância do tempo litúrgico, na escolha dos cantos, é imprescindível que a equipe responsável interprete-os de modo que a assembléia possa acompanhar e cantar.
Encerrando as orientações sobre os temas apresentados, Frei Paulijacson, fez questão de enfatizar que a intenção dos encontros não é meramente um formalismo, um cumprir agenda, mas que as formações possam, realmente, contribuir para a realização de celebrações que permitam o encontro verdadeiro com o Cristo Ressuscitado, pois “a Liturgia é o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, é a fonte donde emana toda a sua força” (Sacrosanctum Conciliium 10).
Pela Equipe Litúrgia,
Leonor Darós