“Cripta dos Papas”, na Catacumba de Calisto, guarda os restos de 16 papas
Ao longo da antiga Via Appia romana, encontramos três conjuntos de catacumbas. O primeiro, as catacumbas de São Sebastião, têm mais de dois quilômetros de extensão e estão distribuídas em quatro andares.
Lá, várias pinturas dos primeiros dias do cristianismo ainda são visíveis, juntamente com estuque e mosaicos grafitados. Além disso, a Basílica de São Sebastião, construída dentro das catacumbas, é um dos sete destinos para os peregrinos que visitam a Cidade Eterna.
Já as catacumbas de Santa Domitilla abrigam mais de 150.000 túmulos, também distribuídos em quatro níveis, e se estendem por mais de 15 quilômetros subterrâneos. Suas pinturas murais são provavelmente as mais famosas de toda arte cristã primitiva. É aqui que se encontra, por exemplo, o notável afresco do século 3 do Bom Pastor.
Mas as catacumbas de Calisto são sem dúvida as maiores, mais longas e mais complexas delas. Construídas entre os anos 250 e 300, suas galerias ocupam mais de 15 hectares, têm mais de 20 quilômetros e chegam a 60 metros de profundidade.
Essas catacumbas recebem o nome do diácono São Calisto (Callixtus), a quem o Papa Zeferino nomeou como administrador deste cemitério. De fato, foi Zeferino quem transformou essas catacumbas no cemitério oficial da Igreja Romana. Essa é a razão pela qual encontramos nela a famosa “Cripta dos Papas”.
Referida como “o Pequeno Vaticano”, essa área já preservou os restos mortais de 16 papas e de 50 mártires. Nove desses papas foram enterrados diretamente na Cripta dos Papas, incluindo o Papa Ponciano, o Papa Antero, o Papa Fabiano, o Papa Lúcio I e o Papa Eutiquiano.
Mas a “Cripta dos Papas” rapidamente se encheu no século IV, então novos papas tiveram que ser enterrados nas catacumbas próximas. Encontramos as tumbas do Papa Calisto I e do Papa Júlio I na catacumba de Calepodio, as do Papa Anastácio I e do Papa Inocêncio I na Catacumba de Ponciano, e as do Papa Bonifácio I na Catacumba de Santa Felicidade.
Via Aleteia