Paróquia São Pedro Apóstolo - Gaspar, SC

Notícias › 03/07/2019

Após 14 anos cego, voltou a enxergar: O milagre da canonização de Ir. Dulce

O maestro José Maurício Bragança Moreira ficou cego durante 14 anos e, em 2014, voltou a enxergar, após rezar pedindo à intercessão de Ir. Dulce dos Pobres; o reconhecimento deste milagre levará à canonização da primeira santa brasileira no próximo dia 13 de outubro, no Vaticano.

A apresentação do miraculado aconteceu na segunda-feira, 1º de julho, em Salvador (BA), durante coletiva de imprensa no Santuário da Imaculada Conceição da Mãe de Deus.

“Eu sou paciente de glaucoma muito grave e ele me cegou durante 14 anos”, relatou José Maurício, segundo site da Arquidiocese de Salvador.

O maestro recordou que, em 2014, passou por “uma situação muito complicada”. “No dia do milagre, 10 de dezembro daquele ano, o meu coral ia cantar, mas a minha esposa nem me deixou sair de casa por causa do derrame que eu tive nos olhos devido a uma conjuntivite viral”.

“Eu passei a noite sem conseguir dormir e por volta das 4h eu peguei a imagem de Irmã Dulce, que fica na cabeceira da minha cama, e coloquei nos meus olhos e pedi a ela que aliviasse a minha dor, porque estava muito difícil, já que eu estava a quatro dias sem conseguir dormir”, contou.

“O momento que começou o retorno da visão foi pouco tempo depois da oração. É um milagre”, assegurou.

Entretanto, mesmo após voltar a enxergar, os exames clínicos de José Maurício continuam sendo como de um paciente cego.

“Eu ouvi de médicos que eu nunca ia voltar a enxergar porque a visão perdida do nervo ótico não se recupera. Eu nunca pedi para voltar a enxergar, pois eu tinha consciência de que era impossível. O que Irmã Dulce me deu foi muito mais do que a cura da conjuntivite ou o alívio da dor. Ela atendeu a minha oração. É uma gratidão infinita, pois eu nunca imaginei que isso ia acontecer em minha vida”, acrescentou o miraculado.

É possível ser santo nos dias de hoje

O Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, participou da coletiva de imprensa e falou sobre o exemplo de Ir. Dulce para todos, mostrando que é possível ser santo nos dias de hoje.

“Irmã Dulce foi em nossa frente para dizer: a santidade em nossa época é possível; a santidade em nossa época não é algo irrealizável, não é para um grupinho de pessoas privilegiadas: é para todos”, disse o Prelado.

Segundo ele, o “Anjo Bom da Bahia” veio “nos mostrar isso amando, amando a Jesus, servido a Jesus nos pobres. É possível sermos santos!”, exclamou.

“Nós vamos ter um exemplo muito concreto de como agradar a Deus. Agrada a Deus quem faz a Sua vontade, a vontade de Deus é que a gente O ame sobre todas as coisas, e ame ao próximo de forma muito concreta”.

Por isso, disse, “agora nós vamos seguir com mais carinho, com mais disposição, nos voltar para os necessitados”.

Dom Murilo assinalou ainda que, provavelmente, muitas pessoas, “em números, fizeram mais do que Irmã Dulce, mas poucos fizeram com tanto amor e é isso o que caracteriza o trabalho dela: o amor que ela colocou naquilo que ela fez”.

O Arcebispo informou ainda que, após a cerimônia de canonização presidida pelo Papa Francisco no dia 13 de outubro, no Vaticano, no dia seguinte, “portanto 14 de outubro, às 10h, na Igreja Santo Antônio dos Portugueses, em Roma, nós teremos a Missa da Santíssima Trindade, agradecendo este dom”.

Por outro lado, “no dia 20 de outubro, às 16h, na Arena Fonte Nova, em Salvador, será a primeira Missa oficial no Brasil”.

 

Via AciDigital