Ano Santo da Misericórdia
Dom Rafael Biernaski
Bispo eleito de Blumenau
“Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado” (MV 2). Deus está nos chamando de volta à comunhão consigo e entre nós.
O Ano Santo terá início no dia 08 de dezembro de 2015 e encerrará no dia 20 de novembro de 2016. Somos chamados de maneira mais intensa a sermos sinal eficaz do agir de Deus Pai. A misericórdia é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia é um aspecto íntimo que mora dentro de nós quando vemos com olhos sinceros o irmão que encontramos no caminho da vida (Cf MV 2).
Como sabemos que Deus Pai é misericordioso? O documento, chamado Bula, que proclama o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, na sua primeira frase, explica que “Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai” (MV 1). Tal misericórdia tornou- se viva e é o modelo em Jesus de Nazaré. Agora, no nosso tempo e na nossa história, a Igreja, pelo Papa Francisco, está nos chamando para nos tornarmos sinal eficaz do agir de Deus Pai, seguindo Jesus.
No dia 13 de dezembro, na Diocese de Blumenau, será aberta na Catedral a Porta Santa, inspirando- -nos no sentido Bíblico: “Eu sou a porta. Quem entra por Mim será salvo. Entrará e sairá e encontrará pastagem” (Jo 10,9). Nos dias sucessivos também será aberta a Porta Santa em uma Igreja de cada comarca de nossa Diocese.
Deus “sente-se responsável, isto é, deseja o nosso bem e quer nos ver felizes, cheios de alegria e serenos. E, em sintonia com isso, deve-se orientar o amor misericordioso dos cristãos. Tal como Ele é misericordioso, assim somos chamados também a sermos misericordiosos uns com os outros” (MV 9). No nosso tempo queremos a justiça e esta é somente o primeiro passo. Sem o testemunho do perdão, resta apenas uma vida infecunda e estéril. Chegou de novo, para a Igreja, o tempo de assumir o anúncio jubiloso do perdão. É o tempo de regresso ao essencial, para cuidar das fraquezas e dificuldades dos nossos irmãos. O perdão é uma força que ressuscita para nova vida e infunde a coragem para olhar o futuro com esperança (Cf MV 10).
Caros irmãos “ao atravessar a Porta Santa, vamos nos deixar abraçar pela misericórdia de Deus e vamos nos comprometer a ser misericordiosos como os outros como o Pai é conosco” (MV 14).