Paróquia São Pedro Apóstolo - Gaspar, SC

Notícias › 03/11/2011

D. José nos convoca a “gritar o Evangelho sobre os telhados e praças públicas…”

Depois de ter vivido dois anos na leitura e contemplação da Palavra de Deus, acolhido o Verbo encarnado na Eucaristia, sentimo-nos impelidos a sair em missão, anunciar a todos que Cristo ressuscitou! O anúncio tem seu núcleo numa pessoa e não é diferente daquele feito aos primeiros cristãos. Quem devemos anunciar? Cristo, morto e ressuscitado. Devemos anunciar uma esperança certa e forte, que não se acaba, porque Cristo prometeu estar em nosso meio.

 Como devemos anunciar? Vou me deter no primeiro verbo do relato dos discípulos de Emaús: “levantaram-se”. O anúncio exige um movimento, um levantar-se. Uma igreja “sentada”, que vive da pastoral de “conservação” – para lembrar um termo usado no Documento de Aparecida – não corresponde à mudança dos tempos modernos.

 O Sínodo dos Bispos, em 2012, tratará da “nova evangelização”. A reflexão se baseará no fato de que o anúncio, além de dinâmico, deve ser renovado nos seus métodos e modalidades.

 Não podemos ser a igreja das catacumbas. Sabemos como os primeiros cristãos tinham dificuldade de proclamar a fé, em meio às perseguições. Hoje, parece que há uma tendência a um respeito exagerado de expormos e expressarmos nossas convicções religiosas, enquanto a mídia entra em nossas casas e propaga contra valores, atingindo milhões de pessoas, sem pedir permissão. Acredito no que Jesus falava. Ele nos ofereceu um método para evangelizar, quando disse que chegou a hora de gritar o Evangelho sobre os telhados e praças públicas.

 A quem devemos levar nosso anúncio? A sociedade mudou. Há alguns decênios podíamos dizer que as raízes cristãs da fé eram ainda vivas e isso se percebia nos valores falados e vividos, não somente em ambientes eclesiais. Hoje se experimenta uma crise que tem em si as características da exclusão de Deus na vida das pessoas – como afirma o Papa Bento XVI.

 Não podemos, como igreja, viver fechados em nossas práticas e esquemas saudosistas de um passado que foi bom, mas que já era. Devemos adotar novas linguagens, novos métodos, novo ardor. Esforçar-nos para entender o que nos pode oferecer a modernidade e desfrutá-lo em favor da missão.

 Faço votos de que a nossa Igreja diocesana, ao preparar o Plano de Pastoral para o próximo triênio, se deixe moldar pelo estilo de Jesus e saiba, assim, atingir o povo que necessita da presença de Deus.