Pastoral da Saúde
Pastoral da Saúde, de acordo com as diretrizes da CNBB, é a ação evangelizadora de todo o povo de Deus, comprometido a defender, promover, preservar, cuidar e celebrar a vida, tornando presente na sociedade de hoje a missão libertadora de Cristo no mundo da saúde. A razão da Pastoral da Saúde está no fato de que ela existe “para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (cf. Jo 10,10). É sua missão evangelizar com renovador ardor o mundo da saúde, à luz da opção preferencial pelos pobres e enfermos, participando da construção de uma sociedade justa e solidária a serviço da vida.
A Pastoral da Saúde, numa sociedade preocupada com o ter e o poder, onde a saúde é vista como mercadoria e as pessoas adoecidas como um peso para o Estado, se torna a voz sensibilizadora e denunciadora da exclusão e da marginalização do doente. Ela defende a saúde como um direito fundamental da pessoa, sem distinção de cor, raça, status ou credo. Contudo, para que a Pastoral da Saúde seja um trabalho organizado e fiel ao Evangelho da Vida, ela deve ser regida por diretrizes em consonância com a pastoral orgânica da Igreja.
Três dimensões
A Pastoral da Saúde atua em três dimensões que a configuram como uma pastoral diferente e mais abrangente que àquela anteriormente denominada de Pastoral do Enfermo. Sua abrangência chega a setores importantes da sociedade que têm um papel decisivo na política de saúde da nação. As dimensões são:
Dimensão solidária: vivência e presença samaritana junto aos doentes e sofredores nas instituições de saúde, na família e na comunidade. Ela visa atender a pessoa integralmente nas dimensões física, psíquica, social e espiritual.
Dimensão comunitária: visa a promoção e educação para a saúde. Relaciona-se com a saúde pública, atuando na prevenção das doenças. Procura valorizar o conhecimento, sabedoria e religiosidade popular em relação à saúde.
Dimensão político-institucional: atua junto aos Órgãos e Instituições Públicas e Privadas que prestam serviço e formam profissionais na área da saúde. Zela para que haja reflexão bioética, formação ética e uma política de saúde sadia, para que os seus agentes sejam articuladores e fiscalizadores das decisões no setor saúde, participando ativamente dos Conselhos de Saúde.