Papa expressa gratidão aos que trabalham com refugiados
O Papa Francisco demonstrou seu apreço e gratidão aos que trabalham com refugiados, especialmente neste momento de pandemia e crise econômica no mundo.
Em carta enviada hoje ao “Centro Astalli” – iniciativa dos jesuítas voltada aos refugiados e requerentes de asilo – o Papa aprecia de modo especial a coragem com a qual os jesuítas enfrentam o “desafio das migrações, sobretudo neste delicado momento para o direito de asilo, em que milhares de pessoas fogem de guerras, perseguições e de graves crises humanitárias”.
Francisco manifesta sua solidariedade aos refugiados, que o Centro acolhe “com amor fraterno”.
“A todos me faço espiritualmente próximo com a oração e o afeto e os exorto a ter confiança e esperança num mundo de paz, de justiça e de fraternidade entre os povos”.
O Papa renovou seu encorajamento aos jesuítas e a todos os que colaboram com eles na “sábia abertura” ao complexo fenômeno migratório, “favorecendo adequadas intervenções de apoio e testemunhando aqueles valores humanos cristãos que estão na base na civilização europeia”.
Que este exemplo, conclui o Papa, “possa suscitar na sociedade um renovado compromisso por uma autêntica cultura do acolhimento e da solidariedade”.
Para o diretor do Centro Astalli, padre Camillo Ripamonti, “as palavras do Pontífice são de grande motivação e encorajamento a prosseguir o caminho ao lado dos refugiados”.
“O Centro Astalli expressa profunda gratidão ao Papa Francisco pelo seu empenho cotidiano a favor dos migrantes e por estas duas palavras que nos indicam o caminho a percorrer rumo a um bem sempre maior.”
Obra jesuíta
O “Centro Astalli” é iniciativa dos jesuítas voltada aos refugiados e requerentes de asilo.
O Centro publicou o seu Relatório anual 2020, em que relata as “vidas suspensas” dos migrantes, que aguardam o êxito dos procedimentos para permanecer legalmente na Itália.
Neste momento de pandemia, a angústia é ainda maior, pois os processos podem atrasar ou permanecer bloqueados.
Em 2019, os jesuítas e seus colaboradores atenderam 20 mil pessoas, 11 mil só em Roma.
O Relatório denuncia “as políticas migratórias, restritivas e de fechamento – até mesmo discriminatórias –, que caracterizaram o último ano”, aumentando a precariedade da vida, a exclusão e a irregularidade dos refugiados e tornando toda a sociedade mais vulnerável.
*Com informações de Vatican News.