Pequenos ensinamentos sobre o simbolismo da árvore de Natal para as crianças
Durante o Advento, nos preparamos para montar nossa árvore de Natal e decorá-la com alguns enfeites que compramos recentemente. Os olhos de Tomás, meu filho, brilhavam de alegria e curiosidade e, a cada novo objeto que pendurávamos, ele perguntava: qual o nome desse?
Enquanto eu o respondia, me dei conta de que não sabia o real significado de muitos daqueles símbolos que ali estavam e, decidi então, que o ideal era saber um pouco para não só ajudar-lhe com seu vocabulário, mas também ensiná-lo coisas importantes a respeito dos costumes de Natal.
E, como Tomás só tem dois anos, me esforcei para conseguir explicar as coisas de uma maneira que ele entendesse, sem ser específica demais, mas com o objetivo de, a cada ano, incluir novas informações a respeito das tradições.
E, de forma diferente das árvores que vemos em shoppings, lojas e casas de parentes (aquelas que carregam enfeites típicos, como neve artificial, bonecos que imitam o formato do biscoito de gengibre natalino e até bonecos de neve), optamos por decorar nosso pinheirinho com adornos que serão mais facilmente assimilados por ele.
Partindo da árvore, esse símbolo tão importante e também universal, expliquei que em nosso apartamento não é possível mantermos uma árvore de verdade, pois ela necessita de espaço, de terra, de luz, de chuva… Mas, como queremos preparar nosso lar para a comemoração do Natal, usaremos nosso pequeno pinheiro artificial e, como as árvores carregam com elas o dom da vida e também nos fornecem muitos alimentos, a enfeitaremos como pequenas maçãs e também cerejas.
Esses frutos são muito apreciados pelos pássaros, que pousam nas árvores para se alimentar e também buscar abrigo. Partindo dessa premissa, além das pequenas, incluímos também alguns ninhos em nossa decoração.
Em seguida, penduramos alguns anjinhos e também algumas estrelas, e lhe expliquei que os anjos significam a proteção que recebemos do Papai do Céu, e que as estrelas servem para iluminar nosso caminho, permitindo que ele nos veja e, lá de cima, zele por nós.
A colocação dos pequenos Papais Noeis era um momento muito aguardado por ele e, nesse momento, aproveitei para mais uma vez explicar-lhe um pouco sobre a história de São Nicolau, um senhor de barba longa que gostava de ajudar os pobres e que costumava carregar nas costas uma sacola com presentes que distribuía para as crianças.
Já em relação aos sinos, eu tentei lhe explicar que, na época em que o menino Jesus nasceu, as ovelhas – como as que estão no presépio – tinham sinos presos em seus pescoços, que balançavam e cujo barulho ajudavam os pastores a encontrá-las caso se perdessem. Notei que Tomás ficou um pouco confuso, mas seguimos adiante com nossa decoração.
Tínhamos ainda muitas bolas vermelhas e laços a serem pendurados e, como não encontrei uma explicação muito plausível sobre os mesmos, lhe expliquei que aqueles itens serviam para deixar a árvore ainda mais bonita e colorida.
Para finalizar, o segurei nos braços para que colocasse a grande estrela no topo da árvore e lhe expliquei que, no dia em que o menino Jesus nasceu, uma grande estrela surgiu no céu para guiar três homens – os três reis magos – até o local ele nasceu. “Foi o Papai do Céu?” – Tomás perguntou, e com a cabeça afirmei que sim.
Nesse momento eu queria muito poder lhe dar muitas outras explicações sobre Cristo e como seu nascimento trouxe muita alegria e luz para a humanidade, mas sei que ainda é muito cedo. Por hora, me atenho a lhe transmitir minha fé e todos os sentimentos bons que emanam na época do Natal.