Missa da Catequese
“Deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhes assemelham” (Mt 19, 14)
E a Igreja Matriz São Pedro Apóstolo de fato parecia o Reino dos Céus, pois na tarde deste sábado, primeiro de julho, a missa da catequese lotou a matriz de jovens e crianças que estão se preparando para receber os sacramentos da comunhão e da crisma.
A celebração foi parte da programação da 167ª Festa de São Pedro Apóstolo e também teve como pregador Frei César Külkamp. Estiveram presentes os catequistas, todos os coroinhas, os pais e as crianças da pastoral catequética da Matriz e de todas as comunidades. A Igreja estava tomada de crianças, até mesmo o coro da Igreja estava cheio.
Durante o rito de entrada, os catecúmenos traziam consigo o banner que portava imagem da sua comunidade de origem, simbolizando a presença maciça de toda paróquia.
Após a proclamação do Evangelho, foi encenada a passagem bíblica da multiplicação dos peixes no mar da Galileia, onde Jesus chama Pedro para segui-lo. Ainda na mesma encenação, foi apresentada outra pescaria: aquela no rio Paraíba do Sul, na qual surgiu das águas a imagem da Mãe Aparecida trazendo peixes em abundancia. O pequeno teatro emocionou a muitos e recordou o tema da Festa deste ano: “Com São Pedro, celebrar o Ano Mariano e a Mãe Aparecida”.
No início de sua homilia, Frei César interagiu com as crianças convidando-as a se sentarem na escadaria do presbitério. Ali sentados, o pregador fez algumas perguntas para cada uma e pouco a pouco foi apresentando-as para a assembleia. Tal gesto foi usado para evidenciar que antigamente se tinha a ideia de um Deus distante, de quem as pessoas tinham receio de se aproximar.
“Mas Deus quis se tornar um de nós, para isto nasceu de uma jovem mãe” – disse o pregador. “E esse Deus, Jesus Cristo, veio pertinho de nós. Falar como nós falamos, conhecer a nossa realidade, nossos problemas, até as nossas quedas, os nossos machucados. Ele veio para nos curar”.
Ao recordar o testemunho de São Pedro, Frei César explicou que celebrar o Apóstolo não é simplesmente exaltar as glórias do santo, mas entender que somos hoje os apóstolos que fazem uma nova pescaria milagrosa, em um mundo submergido em tantas dores. “Ele quer precisar de nós como novos apóstolos”- afirmou.
Por fim, com uma linguagem catequética, frei César mostrou às crianças que ser discípulo e missionário é viver segundo a pergunta: “o que Jesus faria no meu lugar?”.
Após a comunhão, Frei Paulo Moura agradeceu a presença maciça de toda a catequese e pediu para que todos os catequistas fossem até o altar receber a oração da comunidade. Todo o povo presente saiu em procissão pelas ruas do morro da Matriz chegando à lateral da Igreja, onde foram soltas várias bexigas amarradas em forma de terço que enfeitou o céu da cidade. Com grande júbilo foi encerrada a celebração com a benção final na escadaria lateral da Matriz.