‘Laudato si’: manifesto pelas futuras gerações
FREI GERMANO GUESSER
Não existe hoje no mundo uma liderança mundial como o Papa Francisco e somente ele conseguirá ser ouvido pelos “líderes mundiais” – ou aqueles que se dizem -, que têm a missão de zelar pela raça humana e pelo nosso planeta. E esse alguém não poderia ser outra pessoa senão o Papa Francisco, que oportunamente lança essa encíclica como um manifesto em prol da humanidade e das futuras gerações. Ele veio em boa hora dizer em alto e bom som que o homem não é rival dos homens nem dos seres da criação. É um irmão universal, como ensinou São Francisco de Assis, há oitocentos anos.
O Francisco de Roma coloca em pauta a espiritualidade franciscana e propõe uma revolução enquanto é tempo. A Terra está em perigo e toda essa beleza descrita no Cântico das Criaturas não existirá mais se o ser humano continuar se portando como inimigo do seu irmão e da natureza.
Essa Beleza Infinita propagada por Francisco de Assis tem agora um defensor e um pastor. O Papa Francisco já tinha assinalado com a Evangeliium Gaudium – a Alegria do Evangelho – o caminho a seguir e agora, com o humanismo franciscano, celebra com alegria a festa de todos os encontros com todas as criaturas, que são outros tantos degraus para subir à montanha do Senhor. Nada disso, contudo, será possível se a humanidade continuar nessa destruição da natureza. O Planeta Terra, nossa casa comum, pede socorro! Vamos se juntar ao Papa Francisco para podermos entoar o cântico: “Louvador sejas, meu Senhor, pelo nosso Planeta!” Assim seja!
Frei Germano Guesser, Definidor da Província da Imaculada e pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo (Gaspar, sc)